O governo da China planeja anunciar um pacote de medidas destinadas a impulsionar as importações. A afirmação foi feita por um funcionário do Ministério do Comércio, depois que os dados publicados ontem indicaram que o crescimento das importações desacelerou acentuadamente em julho. As importações de julho subiram 22,7%, abaixo do aumento de 34,1% de junho e das expectativas de aumento de 30,2%.
A fonte informou que o ministério concederá uma entrevista coletiva hoje para falar sobre as medidas e não forneceu mais detalhes. Não havia um porta-voz disponível no ministério para comentar.
Mais cedo, o Escritório Nacional de Estatísticas da China informou que a produção industrial do país cresceu 13,4% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, desacelerando em relação aos 13,7% de junho. A expansão foi maior do que a mediana das previsões de nove economistas, que apontava para um crescimento de 13,2%.
Já o investimento em ativos fixos nas áreas urbanas chinesas aumentou 24,9% no período janeiro-julho em relação a igual intervalo de 2009, diminuindo o ritmo na comparação com o crescimento de 25,5% verificado no período janeiro-junho. A previsão dos economistas indicava expansão de 25,3% nos sete primeiros meses do ano.
As vendas no varejo do país, também divulgadas ontem, tiveram no mês passado um aumento de 17,9% sobre as de julho de 2009, abaixo dos 18,3% registrados em junho.
Por sua vez, o índice de preços ao consumidor na China teve aumento de 3,3% no mês de julho, na comparação anual. A taxa de inflação foi menor do que a vista nos 12 meses encerrados em junho, que foi de 2,9%.
Por outro lado, as instituições financeiras da China concederam 532,8 bilhões de iuanes (US$ 78,657 bilhões) em novos empréstimos em iuanes no mês de julho, informou o banco central chinês. O total ficou abaixo da previsão de economistas, que apontava para 600 bilhões de iuanes, e também foi menor do que os 603,4 bilhões de iuanes em novos empréstimos concedidos em junho. Em geral, os bancos emprestam mais no primeiro semestre e no início dos trimestres.
Entre janeiro e julho, foram concedidos 5,16 trilhões de iuanes em novos empréstimos, 68,8% da meta estabelecida pelo banco central para 2010 de 7,5 trilhões de iuanes e a qual a instituição não pretende alterar, segundo informou. Portanto, os bancos poderão conceder mais 2,34 trilhões de iuanes em novos empréstimos até o fim do ano.
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