Os países exportadores da zona do euro saíram-se relativamente bem antes e durante a crise financeira global, mas enfrentam novos desafios das economias em desenvolvimento. A constatação foi feita pela Comissão Europeia (CE, braço executivo da União Europeia) em documento divulgado ontem.
Em um relatório sobre a economia da zona do euro, a Comissão informa que um reequilíbrio da demanda global em direção às economias em desenvolvimento da China, Índia, Brasil e Rússia (países que formam um grupo de emergentes conhecido pela sigla BRIC) puxará a demanda por produtos em que a zona do euro tem forte posição de competitividade, como maquinário. O braço executivo da União Europeia (UE) afirma que também vai impulsionar a demanda por bens de consumo de baixo preço, uma área de fragilidade para os produtores europeus.
Os produtores da zona do euro também terão de enfrentar maior competição, à medida que companhias de países em desenvolvimento buscam entrar no mercado para bens de valor mais alto, um segmento de força para a indústria da União Europeia.
Apesar de os exportadores da zona do euro terem lidado relativamente bem até agora com o crescente mercado de alguns países emergentes, pressões competitivas podem aumentar substancialmente em alguns setores do mercado onde a zona do euro tradicionalmente mostrava vantagem competitiva, acrescenta a Comissão Europeia no documento divulgado ontem.
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