O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que os bancos brasileiros devem aproveitar o atual cenário econômico para expandir sua presença no exterior
- Acho que os bancos brasileiros têm essa vocação, pois estão entre os mais sólidos, tendo demonstrado competência e capacidade após a recente crise financeira mundial.
Portanto, poderão se expandir até mesmo nos Estados Unidos - declarou o ministro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que está satisfeito com o acordo de intenções firmado pelo BB e pelo Bradesco.
Ele defende uma maior atuação dos bancos brasileiros no exterior.
- Todo mundo dentro do governo sabe que é um desejo que venho trabalhando, que os bancos brasileiros, não apenas os privados, adentrem a América do Sul, a América Latina e a África - disse o presidente.
O ministro Mantega disse que a orientação do governo federal para que o Banco do Brasil intensifique seu processo de internacionalização também deve servir de estímulo às instituições privadas: - Estamos interessados que tanto os bancos públicos quanto os privados tenham um raio de operação maior, dando suporte às operações das empresas brasileiras e aos muitos brasileiros que vivem no exterior.
BB nos EUA O Banco do Brasil contratou um banco de investimento e já identificou bancos para comprar nos Estados Unidos, informou ontem o presidente da instituição, Aldemir Bendine. A instituição quer atender a população brasileira que mora nos Estados Unidos. O BB também avalia sua entrada em outros mercados da América Latina.
Segundo Bendine, foi o Banco Espírito Santo que procurou a instituição e o Bradesco para propor o investimento conjunto na África. O BES tem participação acionária no Bradesco e, por isso, já conhecia o banco.
Bendine destacou a oportunidade de os grupos brasileiros expandirem sua atuação.
- O investimento na África é estratégico. Ainda não estamos voltados para a rentabilidade. Estamos apostando no futuro e na globalização. Com a consolidação do mercado interno nos últimos anos, os bancos brasileiros mostraram uma força que lhes permite alçar voos maiores - afirmou o executivo brasileiro.
Fonte: Jornal Do Brasil (10/8/2010
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