No porto de Santos, ou passam os caminhões ou os trens. A falta de um túnel num cruzamento da linha férrea com a rota dos caminhões é mais uma causa de lentidão nas operações, segundo representantes do setor de transporte que atuam no maior porto do país.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas do Litoral Paulista (Sindisan), Marcelo Marques da Rocha, “o problema não é só o porto, é infraestrutura. Não temos estrada. Não se vê uma obra de engenharia aqui na Baixada Santista. Enquanto isso, estradas no interior de São Paulo têm viadutos de primeiro mundo”.
Rocha explica que, na área inicial do porto de Santos, na entrada da cidade, os trens de carga, que chegam do interior e de São Paulo, estão do lado direito, mas têm de cruzar lentamente para o lado esquerdo da área portuária, o que interrompe a passagem dos caminhões.
A solução seria a escavação de um túnel, já batizado de mergulhão. Por ele, passariam os caminhões ou os trens num fluxo contínuo.
Esse túnel está planejado, mas não há prazo para sua construção. A Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) prevê entregar até novembro mais uma etapa da Perimetral –uma avenida com viadutos que margeia o porto e que tem o objetivo de aliviar o trânsito pesado. Terá 9 km de extensão quando ficar toda pronta.
Mas essa parte que inclui o mergulhão não tem data para sair, pois inclui escavações em área com sítios históricos, o que fará com que a ampliação seja mais lenta.
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