Foi relatada, no Brasil, uma nova onda de fraudes que podem ser classificadas como uma variante sofisticada do "Roll Program".
Em síntese um intermediário aproxima-se de um empresário que esteja a precisar de um financiamento. Noutra variante a vitima é um investidor qualquer com boa capacidade financeira, mas sem necessidades particulares de financiamento.
No caso do empresário, o intermediário afirma existir a possibilidade de obter um financiamento no exterior usando como garantia títulos, acções ou outros valores (reais e bons) depositados num banco através de um contracto de "Custodia" e depois oferecidos em garantia. Este financiamento seria sujeito a umas regras muito particulares.
O mais relevante é que, para permitir juros reduzidos (ou para que as garantias oferecidas permitam tomar um empréstimo muito maior do valor delas), o dinheiro obtido através deste financiamento deverá ficar durante um determinado tempo (de alguns meses até 2 anos, normalmente) num programa de aplicação de alta rentabilidade.
O financiamento é realmente disponibilizado (este tipo de financiamentos baseados em depósitos ou custodias podem existir realmente) e depois sujeito ao mesmo fim do dinheiro aplicado em "Roll Programs" (veja capitulo).
A diferença é que o banco que disponibilizou o financiamento tem como garantia os seus títulos ou acções e no momento em que você não devolver o dinheiro do empréstimo o banco vai tomar a sua garantia (legal e honestamente, aliás, sendo que o banco normalmente não tem nada a ver com este esquema).
Na variante para investidores normais o que se promete é simplesmente a multiplicação do valor dos títulos depositados sem que estes precisem ser vendidos ou liquidados (ou seja um ganho financeiro muito maior do obtido simplesmente com a rentabilidade dos títulos). Mas o fim é sempre o mesmo.
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