Yes, o Vale tem bananas
Produtores do Vale do Ribeira, no interior paulista, tentam aprimorar o cultivo da fruta para ganhar espaço dentro e fora do Brasil. Os compradores árabes estão na mira desses empreendedores.
Isabela Barros isabela.barros@anba.com.br
São Paulo - Eles garantem que não tem pra ninguém quando o assunto é banana boa. Daquelas bem doces, saborosas. Tanto que pretendem reforçar a produção no mercado interno para depois ganhar espaço no exterior. A meta é da Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira (Abavar), do interior paulista. Para 2010, por exemplo, o objetivo é fechar o período com a colheita de 1,1 milhão de tonelada, número que só não será maior por conta das enchentes ocorridas no início do ano em São Paulo.
"Em outros locais, como em Minas Gerais, a fruta pode ser até mais bonita, mais amarela. Mas banana doce como a daqui ninguém tem", defende o secretário executivo da Abavar, Giancarlo Felipe da Silva. A entidade tem 400 associados, para um total de 1,8 mil produtores da região. Entre as principais cidades de cultivo no Vale do Ribeira estão Registro, Juquiá e Miracatu.
De acordo com Silva, a exportação é um caminho para vender o produto principalmente nos períodos em que sobra banana no Brasil, entre os meses de novembro e fevereiro, que correspondem ao pico da produção nacional. "Nessa época, as bananeiras ficam cheias e o preço cai", explica.
Nesse contexto, os países árabes são clientes em potencial. "Hoje exportamos pouco, apenas um dos nossos associados vende para fora", diz Silva. "Mas pretendemos mudar isso e sabemos que os países árabes valorizam o nosso produto, reconhecem uma produção cuidadosa, sem agrotóxicos", afirma.
Para tanto, o caminho é investir na melhoria do cultivo. "Já temos dois produtores que fornecem a chamada banana rastreada, que traz, na embalagem, um código através do qual é possível ver, na internet, tudo o que foi usado na lavoura, como foi feita a produção, que empresa embalou a fruta", explica o secretário executivo da Abavar.
Essa mudança de mentalidade dos empreendedores da banana, com mais investimento em tecnologia no campo, tem sido incentivada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) na região, que desde meados do ano passado oferece as novas ferramentas de gestão para os bananicultores.
"Eles estão mais acessíveis à adoção de técnicas diferenciadas, a tomar cuidados como colher a fruta da melhor forma, protegê-la após a colheita, não amarrar a mercadoria com uma corda em cima do caminhão", explica Roberto Nunes Pupo, gerente do Sebrae–SP no Vale do Ribeira. "A aparência interfere nas vendas. E pode ajudar ou atrapalhar a comercialização nos mercados interno e externo", afirma.
"Em outros locais, como em Minas Gerais, a fruta pode ser até mais bonita, mais amarela. Mas banana doce como a daqui ninguém tem", defende o secretário executivo da Abavar, Giancarlo Felipe da Silva. A entidade tem 400 associados, para um total de 1,8 mil produtores da região. Entre as principais cidades de cultivo no Vale do Ribeira estão Registro, Juquiá e Miracatu.
De acordo com Silva, a exportação é um caminho para vender o produto principalmente nos períodos em que sobra banana no Brasil, entre os meses de novembro e fevereiro, que correspondem ao pico da produção nacional. "Nessa época, as bananeiras ficam cheias e o preço cai", explica.
Nesse contexto, os países árabes são clientes em potencial. "Hoje exportamos pouco, apenas um dos nossos associados vende para fora", diz Silva. "Mas pretendemos mudar isso e sabemos que os países árabes valorizam o nosso produto, reconhecem uma produção cuidadosa, sem agrotóxicos", afirma.
Para tanto, o caminho é investir na melhoria do cultivo. "Já temos dois produtores que fornecem a chamada banana rastreada, que traz, na embalagem, um código através do qual é possível ver, na internet, tudo o que foi usado na lavoura, como foi feita a produção, que empresa embalou a fruta", explica o secretário executivo da Abavar.
Essa mudança de mentalidade dos empreendedores da banana, com mais investimento em tecnologia no campo, tem sido incentivada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) na região, que desde meados do ano passado oferece as novas ferramentas de gestão para os bananicultores.
"Eles estão mais acessíveis à adoção de técnicas diferenciadas, a tomar cuidados como colher a fruta da melhor forma, protegê-la após a colheita, não amarrar a mercadoria com uma corda em cima do caminhão", explica Roberto Nunes Pupo, gerente do Sebrae–SP no Vale do Ribeira. "A aparência interfere nas vendas. E pode ajudar ou atrapalhar a comercialização nos mercados interno e externo", afirma.
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