sábado, 26 de junho de 2010

Zona do euro mira concorrência com Brasil e China

Os países exportadores da zona do euro saíram-se relativamente bem antes e durante a crise financeira global, mas enfrentam novos desafios das economias em desenvolvimento. A constatação foi feita pela Comissão Europeia (CE, braço executivo da União Europeia) em documento divulgado ontem.

Em um relatório sobre a economia da zona do euro, a Comissão informa que um reequilíbrio da demanda global em direção às economias em desenvolvimento da China, Índia, Brasil e Rússia (países que formam um grupo de emergentes conhecido pela sigla BRIC) puxará a demanda por produtos em que a zona do euro tem forte posição de competitividade, como maquinário. O braço executivo da União Europeia (UE) afirma que também vai impulsionar a demanda por bens de consumo de baixo preço, uma área de fragilidade para os produtores europeus.

Os produtores da zona do euro também terão de enfrentar maior competição, à medida que companhias de países em desenvolvimento buscam entrar no mercado para bens de valor mais alto, um segmento de força para a indústria da União Europeia.

Apesar de os exportadores da zona do euro terem lidado relativamente bem até agora com o crescente mercado de alguns países emergentes, pressões competitivas podem aumentar substancialmente em alguns setores do mercado onde a zona do euro tradicionalmente mostrava vantagem competitiva, acrescenta a Comissão Europeia no documento divulgado ontem.

Perspectivas boas para os exportadores brasileiros

Na primeira semana após a China anunciar a flexibilização do yuan, a moeda chinesa atingiu a maior cotação em cinco anos, mas se valorizou em apenas 0,5%.A valorização do yuan ajudará a derrubar o preço de importações, o que é vantajoso para o mercado interno.Para os exportadores brasileiro é uma oportunidade de aumentar e diversificar ainda mais nossa pauta de exportações para aquele pais.

Certificação Halal para vender mais

O mercado externo se torna cada vez mais sofisticado e exigente para os produtos do agronegócio, obrigando os principais países exportadores a se adaptarem a essas exigências.
De olho em um mercado com renda crescente e demanda cada vez maior por alimentos -o da população islâmica-, as empresas brasileiras do setor agropecuário adaptam sua produção às exigências do halal.
As primeiras adaptações brasileiras às exigências desse processo ocorreram na produção de carnes -bovina e de frango.Hoje,no entanto, a lista de produtos inseridos neste processo aumentou incluindo produtos como: açúcar, suco de uva ,derivados de óleo e ovos.
Os ovos, por exemplo, são vendidos individualmente no Oriente Médio, e cada unidade tem de ter um carimbo e a data de validade.
O potencial do mercado de alimentos nesses países é de US$ 580 bilhões, sendo que entre US$ 120 bilhões e US$ 130 bilhões estão concentrados nos 22 países árabes.