AE Agencia Estado
PEQUIM - A empresa estatal chinesa Chongqing Grain Group pretende investir US$ 300 milhões (R$ 525 milhões) na compra de 100 mil hectares de terra no oeste da Bahia, com o objetivo de produzir soja para o mercado brasileiro e chinês. O empreendimento tem financiamento do Banco de Desenvolvimento da China (BDC), que vai bancar 60% do custo. O restante será desembolsado pela empresa, ligada ao município de Chongqing. Representantes da companhia e do banco estatal integraram a comitiva do presidente Hu Jintao no Brasil na semana passada e apresentaram o projeto no seminário empresarial dos países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), realizado no Rio.
O grupo continua no Brasil, em busca de um parceiro local para o investimento. O objetivo é finalizar a compra da terra até julho e produzir 250 mil toneladas de soja por ano. Reportagem publicada ontem pelo Chongqing News, ligado ao governo do município, afirma que a área cultivada poderá alcançar numa segunda etapa 200 mil hectares, com investimento total de US$ 842 milhões (R$ 1,47 bilhão).
O interesse de chineses na compra de terras para plantar soja no Brasil cresceu nos últimos meses, especialmente depois da aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados do projeto que limita a 1.140 hectares o tamanho das propriedades rurais que podem ser compradas por estrangeiros na Amazônia Legal, área que abrange os Estados de Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Pará, Amapá, Tocantins e parte do Maranhão. Aprovado em outubro, o texto foi enviado ao Senado, onde aguarda votação.
A advogada Heloísa Di Cunto, sócia do escritório Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra, diz que desde setembro aumentou o número de consultas de clientes chineses interessados em adquirir propriedades rurais no Brasil. "As pessoas estão correndo para comprar as terras antes que a lei seja aprovada", observa Di Cunto, que chefia o departamento do escritório responsável pela China. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
China pede políticas macroeconômicas mais cautelosas em países desenvolvidos
Para BC chinês, dívidas soberanas elevadas e políticas monetárias frouxas criam risco de fluxo positivo exagerado para os países em desenvolvimento
Cynthia Decloedt, da Agência Estado
PEQUIM - O Banco do Povo da China afirmou pediu aos países desenvolvidos que adotem políticas macroeconômicas mais "cautelosas" para evitar entradas maciças de capital nos países em desenvolvimento, segundo a agência de notícias Xinhua.
Dívidas soberanas excessivamente elevadas e políticas monetárias frouxas nos países desenvolvidos criam risco de um fluxo positivo exagerado de fundos para os países em desenvolvimento, disse o diretor do Departamento Internacional do banco central, Xie Duo, em Washington. Ele fez os comentários em paralelo ao encontro do G-24 ontem.
As autoridades chinesas têm alertado repetidamente que as taxas de juro reduzidas nos Estados Unidos estão incentivando operações carry trade em dólares, nas quais os fundos tomam recursos emprestados em dólares e os investem em ativos de mercados emergentes, como a China, onde o rendimento é maior.
Tais fluxos positivos de capital aumentaram o risco de bolha nos preços dos ativos, dizem as autoridades, e também complicam a política monetária chinesa, uma vez que as autoridades temem que a elevação do juro apenas irá encorajar a entrada de mais recursos especulativos. As informações são da Dow Jones.
Cynthia Decloedt, da Agência Estado
PEQUIM - O Banco do Povo da China afirmou pediu aos países desenvolvidos que adotem políticas macroeconômicas mais "cautelosas" para evitar entradas maciças de capital nos países em desenvolvimento, segundo a agência de notícias Xinhua.
Dívidas soberanas excessivamente elevadas e políticas monetárias frouxas nos países desenvolvidos criam risco de um fluxo positivo exagerado de fundos para os países em desenvolvimento, disse o diretor do Departamento Internacional do banco central, Xie Duo, em Washington. Ele fez os comentários em paralelo ao encontro do G-24 ontem.
As autoridades chinesas têm alertado repetidamente que as taxas de juro reduzidas nos Estados Unidos estão incentivando operações carry trade em dólares, nas quais os fundos tomam recursos emprestados em dólares e os investem em ativos de mercados emergentes, como a China, onde o rendimento é maior.
Tais fluxos positivos de capital aumentaram o risco de bolha nos preços dos ativos, dizem as autoridades, e também complicam a política monetária chinesa, uma vez que as autoridades temem que a elevação do juro apenas irá encorajar a entrada de mais recursos especulativos. As informações são da Dow Jones.
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